30/12/2020

Texto de final de ano

 

Quando eu cheguei

Por Paula Conc


Arquivo Vaka

Permita-me algumas palavras, de fato saudosas, sobre como nos conhecemos. Parece bobeira, mas gosto de lembrar desse dia, pois é uma maneira de fazer seu coração pulsar eufórico novamente.

Tinha um grupo de pessoas andando de skate numa praça, e no rosto de cada uma delas estava evidente uma felicidade constante, inclusive nos momentos de queda.  Estranho isso, não é? E teus olhos observavam tudo. Primeiro a leveza de tudo e todos. Depois uma testa franzida por não entender como aquilo acontecia. Por fim, a admiração, uma vez que o “ser possível” era mais importante que a ideia de “como era possível”.

Alguém chegou perto de você e começou uma conversa. Eu estava do lado só te observando. Escutei cada palavra que você pronunciava. Foi quando, de repente, colocaram um skate na sua frente e falaram para você tentar. Nossa, eu fiquei numa inquietação que você não imagina. E então, você colocou seu pé pela primeira vez sobre um skate. Eu estava torcendo tanto para que aquilo acontecesse! E sem pensar duas vezes, corri até você e te abracei muito forte a ponto de você sentir que algo fazia muito mais sentido na sua vida a partir daquele momento.

Até hoje estamos juntos, passando por altos e baixos. Você já me tatuou até na sua pele! A ligação entre nós é muito forte. E quer saber de uma coisa? Eu sentia que a gente combinava. Vi no brilho dos teus olhos. Como dizia aquele poeta: “Que seja infinito enquanto dure”. E pelo visto não tem mais jeito.... skate or die!

 

abraços,

Espírito Skateboard.

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